domingo, 19 de abril de 2009

Enxaqueca e emoções


A enxaqueca é provocada por fatores emocionais; mas só em indivíduos predispostos.

A dinâmica emocional exerce papel fundamental no desencadeamento de muitas crises de enxaqueca.

Stress prolongado; ambientes hostis; e uma ampla diversidade de outros fatores emocionais e mesmo da personalidade do indivíduo; são fatores importantes em muitos pacientes (mas não todos eles).

Diversos indivíduos relatam haverem tido sua primeira crise de enxaqueca durante um período de tensão emocional. Isso não quer dizer que os enxaquecosos são mais neuróticos que o resto da população. Eles estão, sim, predispostos a apresentarem reações exacerbadas a eventos estressantes.

Embora os aspectos bioquímicos desses estados psicológicos adversos não estejam completamente elucidados, não há duvida de que a tensão emocional exerça influência sobre o aparecimento de uma crise de enxaqueca, através de mecanismos do sistema nervoso central.

O tratamento da enxaqueca pode incluir uma abordagem psicológica, muito útil, no sentido de ensinar o paciente a reagir menos ao stress, através de diversas técnicas.
Para muitas pessoas, algumas crises de enxaqueca podem ser desencadeadas pelo stress. Por outro lado, uma vida rotineiramente estressante colabora com o desequilíbrio químico cerebral que causa não apenas a enxaqueca, mas também a depressão, a ansiedade, a fibromialgia e um sem-número de outras doenças.

As reações de stress são automáticas e ocorrem em resposta a situações do dia-a-dia.

Para contrabalançar o stress, é preciso relaxar!

As reações de relaxamento, ao contrário das de stress, não são automáticas. Contudo, elas podem ser aprendidas.

Na medida em que você domina uma dada técnica de relaxamento (qualquer técnica, aquela para a qual você melhor se adaptar), poderá exercitá-la em qualquer momento e lugar - mesmo sob a maior tensão.

Respirar profundamente é uma técnica muito empregada para relaxar. Utilize-a você também, diariamente.

Lembre-se de inspirar sempre pelo nariz. O nariz filtra o ar melhor que a boca.

Procure fazer este exercício de olhos fechados, e com o globo ocular voltado um pouco para cima.

Aprenda a inspirar bem profunda e lentamente. Você deve ter a sensação de que está ’se enchendo de ar’. Sinta o ar entrando conforme você inspira.

Conforme a inspiração vai chegando ao fim, seu abdome deverá projetar-se um pouco. Sua caixa torácica e seus pulmões vão parecer repletos de ar.

Então expire. Jogue todo o ar para fora - lentamente.

Assim que você se familiarizar com essas sensações, faça este exercício durante 5 minutos:

Inspire bem lentamente, enquanto conta (devagar!) de um a cinco.

Segure o ar por um momento (um segundo ou menos) e, em seguida, solte lentamente o ar, contando de cinco a um, bem devagar.

O ritmo de sua respiração deverá ser tal que você não sinta nem tontura (que ocorreria se você estivesse fazendo este exercício respiratório muito depressa), nem falta de ar (que ocorreria se você estivesse fazendo este exercício muito devagar).

Uma vez habituado, você pode fazer este exercício em qualquer situação! Pratique-o pelo menos duas vezes ao dia.

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