
O processo de cremação, visto com preconceito por muitas pessoas de diversas religiões, vem ganhando espaço na sociedade brasileira. A partir do final da década de 90 a procura por esse procedimento cresceu muito entre a população.
O processo de cremação também acaba sendo mais higiênico que o processo de inumação (sepultamento), pois o cadáver depois de cremado se transforma em cinzas podendo ser guardado em urnas, ser jogado em jardins e existem cientistas que apresentam a idéia de que as cinzas podem ser utilizadas como adubo para hortas e plantações, ao contrário do sepultamento que acarreta a deteriorização do cadáver e com isso pode contaminar o solo e até comprometer zonas de abastecimento de água. A cremação de cadáveres é a prática mais disseminada na maior cidade chinesa, Xangai, com 14 milhões de habitantes em sua área metropolitana.
Hoje em dia, uma grande parte dos Estados Brasileiros possui pelo menos um crematório. São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Ceará Bahia e Espírito Santo são exemplos de Estados brasileiros que já possuem estrutura para oferecer o processo de cremação às famílias.
No Rio Grande do Sul, a procura pela cremação aumentou em 60% desde de a década de 90, com isso o Estado é um dos que mais possuem crematórios no país, sendo 3 no total, um em Porto Alegre, um em São Leopoldo e um recém inaugurado em Viamão. O estado do Paraná também possui três crematórios.
São Paulo é o estado com maior número de crematórios, no total são 4. O Estado conta com um dos mais antigos e importantes crematórios do país, o Crematório Vila Alpina, que já funciona desde 1974 e é administrado pela prefeitura de São Paulo. O Vila Alpina conta com 4 fornos e apenas 2 em funcionamento. Realiza em torno de 300 cremações por mês, uma média de 10 por dia.
A grande parte das pessoas que procuram esse tipo de serviço no crematório Vila Alpina, geralmente são mais esclarecidas e tem algum tipo de preocupação ambiental, já que o processo de cremação é o menos poluente. A procura também acontece por pessoas movidas a fatores religiosos, ou pelo fato do processo gerar menos desgaste emocional e menos obrigações futuras.
O preço varia de acordo com o valor da urna funerária escolhida pela família. A taxa de cremação para corpos vindos de fora da cidade de São Paulo, com uma diária de câmara fria varia de R$82,00 à R$1.100,00. Os preços das urnas para cinzas podem variar de R$ 23,00 a R$ 55,00. Urnas frasqueiras que são exigididas pela Polícia Federal para quando as cinzas são transportadas para fora do país custam R$ 171,00.
Em Contagem, cidade no estado de Minas Gerais que possui crematório, dependendo do plano escolhido pela pessoa, já incluindo o Cerimonial e a urna para guardar as cinzas que o corpo se transforma, os valores podem chegar a R$ 2 mil.
Cremação - Na antiguidade, a prática da cremação provinha de duas razões diferentes: a necessidade de trazer de volta os soldados mortos, para receberem sepultura em sua pátria, como ocorria entre os gregos; ou de convicções religiosas, como entre os escandinavos, que acreditavam assim libertar o espírito de seu invólucro carnal e evitar que o morto pudesse causar algum mal aos vivos. Em Roma, talvez devido ao ritual adotado para queimar os soldados mortos, a cremação virou símbolo de prestígio social, de tal forma que a construção de columbários - edifício com nichos para as urnas funerárias - tornou-se negócio lucrativo.
Nos tempos modernos, a discussão sobre a cremação iniciou-se, no Ocidente, no século XIX, com a publicação de um livro do médico Sir Henry Thompson. Nos Estados Unidos, o primeiro forno crematório foi construído em 1876, e logo surgiram sociedades de apoio à cremação. Na Alemanha e Dinamarca, no final do século XX, o número de cremações excedia o de enterros comuns, tal como no Japão, onde foi admitida legalmente em 1875. A aceitação ampliou-se graças à derrubada das objeções, como a de que impediria a investigação criminal, contraditada pelo aperfeiçoamento dos equipamentos policiais e pelo desgaste dos preconceitos supersticiosos.
Embora adotada desde a antiguidade, a cremação ainda é tema polêmico na sociedade ocidental, defendida por muitos e combatida pela opinião mais conservadora. Cremação é a incineração de um cadáver até reduzi-lo a cinzas. Faz-se no forno crematório, onde o cadáver, submetido a calor intenso durante uma ou duas horas, transforma-se em um pequeno monte de cinza esbranquiçada.
Em seguida, as cinzas são espalhadas em um jardim ou outro lugar qualquer, ou colocadas em uma urna, que fica em poder da família ou é guardada em um nicho, no cemitério. Em caso de morte natural, o Livro de Ata deve ser assinado por um parente de primeiro grau e duas testemunhas maiores de 18 anos, além de o atestado de óbito ser assinado por 2 médicos. No caso de morte violenta, deve ser assinado pelo médico legista, acompanhado de ordem judicial.
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