
O conceito de Alexitimia é muito melhor conhecido hoje que há um quarto de século. Trata-se de uma marcante dificuldade para a expressão apropriada da língua, para descrever os sentimentos próprios e para relatar as sensações corporais, uma impressionante habilidade para fantasiar e uma maneira prática e utilitária de pensar (pensamento operante).
O conceito de Alexitimia foi formulado em conseqüência das observações clínicas em Paris e Boston nos anos 1960, sobre uma condição que resultava em certo deficit em pacientes que sofriam de alguma condição psicossomática. Alexitimia, é hoje um termo que diz respeito à marcante dificuldade para usar a comunicação verbal apropriada para expressar e descrever sentimentos, bem como das sensações corporais.
Depois das observações iniciais das características clínicas originais para a Alexitimia, mais duas foram acrescidas em 1972 e em 1976, em Londres e em Heidelberg respectivamente. A conferência de Londres afirmava uma hipótese de provável etiologia biológica para a Alexitimia, enquanto a conferência de Heidelberg classificou-a juntamente com os transtornos psicossomáticos.
Durante os 20 anos seguintes, um grande número de estudos clínicos constataram a presença de características alexitímica em porcentagens variadas nos pacientes que sofriam distúrbios clínicos e psiquiátricos diferentes, tais como, no abuso de substâncias, na dor psicogênica, nos transtornos alimentares, nas depressões típicas ou mascaradas, nos ataques do pânico, nos transtornos somatoformes, na personalidade borderline e transtornos sociopáticos da personalidade, bem como em indivíduos normais.
Alexitimia, resumindo, é uma marcante dificuldade para o uso apropriado da linguagem para expressar e descrever sentimentos, bem como a dificuldade para diferenciar com precisão as sensações corporais e uma impressionante capacidade para fantasias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário