
O comportamento aparentemente inofensivo de sair de um relacionamento e entrar em outro, geralmente, esconde uma ansiedade imensa. “A ansiedade é a força motriz nesse tipo de atitude. Se não houvesse a ansiedade, o movimento de busca cessaria e a pessoa poderia fazer contato com suas emoções, diz a psicóloga.
Quando uma pessoa está viciada em amor, ela pode, na realidade, estar passando por dois processos: o de idealização ou de inferioridade.
A idealização transparece, quando ela julga que o(a) parceiro(a) não está apto a atender as suas expectativa. Com isso, desiste da relação e inicia outra, sempre em busca do par ideal.
Já o sentimento de inferioridade é o contrário. Por não se sentir suficientemente bom/boa para estar ao lado do(a) parceiro(a), abandona antes de ser abandonado. Isso, porque, quem se sente inferior acredita, intimamente, que a outra pessoa irá, cedo ou tarde, “descobrir”quem ele(a) realmente é. Nesse caso, a pessoa está projetando o seu sentimento de menos valia.
A ansiedade leva ao movimento interno descontrolado de passaar de um amor ao outro, compulsivamente. E o que se encontra na essência desse comportamento é o sentimento de carência.
"A carência é a forma mais cruel de autopiedade, pois a pessoa passa a depender do outro para qualquer coisa. Com isso ela se torna incapaz de cuidar de si. É uma atitude passiva. Ser independente dá trabalho e muitos não querem se dar a esse trabalho", explica Renata.
Quase sempre o sentimento de estar carente, ou seja, a percepção de estar vivendo na falta de algo, pode se expressar de formas diversas que disfarçam a verdadeira causa atrás do comportamento adotado.
Veja, a seguir, alguns desses sintomas de carência e como eles se manifestam:
Manter diversos relacionamentos- sair com várias pessoas ao mesmo tempo é uma tentativa de obter garantia emocional. Entretanto, essa garantia é ilusória e quando a pessoa percebe isso, entra em depressão e sofre uma tristeza profunda. Para evitar que isso aconteça, fica mais fácil inventar um novo amor.
Exigir demais nas amizades- achar que os amigos tem que estar disponíveis para qualquer coisa, a qualquer momento, é uma característica que "esconde" o vício do amor. Pessoas assim, tendem a esperar muito dos que estão à sua volta, como se ser amado(a) implicasse na idéia de ter todos à disposição.
Suprir a carência com uma vida social ativa - não suportar ficar em casa sozinho, precisar estar sempre falando com alguém, sair em demasia. Nesse caso, a pessoa procura na rua o que não encontra dentro de si e geralmente volta para casa com uma sensação de vazio maior do que a anterior
Segundo a psicóloga Renata Escarlate, só existe uma maneira de identificar quando uma relação está fundamentada na carência e não no amor. Segundo ela, a melhor forma para estabelecer essa diferenciação é identificando o que não é amor.
Um relacionamento não é de amor quando se baseia,por exemplo:
...em sexo
...sentimento de posse
...ciúmes
...simples amizade- hábito
...ostentação da figura da outra pessoa
...interesses sociais e financeiros
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