terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sonambulismo


O sonambulismo normalmente ocorre na infância e caracteriza-se por falar, sentar ou andar pelos ambientes da casa enquanto se dorme. Em adultos, a incidência é de 1% da população, segundo a neurologista Andrea Bacelar, especialista em sono.

Andrea explica que também é um mito acreditar que o sonambulismo acontece todas as noites. “São episódios esporádicos, quando a pessoa, por estar em sono profundo, não tem consciência do que faz. Não existe desejo de fazer isso ou aquilo, embora ela possa até mesmo trocar de roupa”, diz a médica.

O alerta está no fato do distúrbio de sono levar a situações perigosas. Um estudo americano indicou que 32% dos sonâmbulos sofrem com incidentes violentos e 19% já se feriram enquanto andavam dormindo. Nesses casos, deve-se acompanhar o sonâmbulo e realizar medidas de segurança para que não ocorram acidentes.

Andrea também ressalta que é também um mito dizer que se despertada durante o sonambulismo, a pessoa pode sofrer algum dano. O que há é uma dificuldade para despertar estas pessoas, uma vez que seu sono é profundo.

Quanto ao tratamento para o sonambulismo, depende das vezes em que o fato acontece, e remédios são indicados em último caso. Para estudar o caso, a neurologista realiza o exame de polissonografia, quando a pessoa dorme na clínica e tem toda sua noite de sono monitorada.

Andrea Bacelar, da clínica Carlos Bacelar, é mestre em neurologia pela Universidade do Rio de Janeiro (UniRio), presidente da Sociedade de Neurofisiologia Clínica do Rio, especialista em Medicina do Sono pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e especialista em polissonografia pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC).

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